Vinhos produzidos em altitude em Santa Catarina recebem registro de Indicação Geográfica

É durante o inverno catarinense que as uvas cultivadas em áreas de altitude superior a 850m permanecem adormecidas pelas baixas temperaturas. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), esse fator é essencial para a maturação completa das uvas viníferas utilizadas para produzir os chamados vinhos de altitude de Santa Catarina. A partir de agora, a Indicação Geográfica “Santa Catarina” poderá ser utilizada para indicar a procedência de vinhos finos, nobres, licorosos, além de espumante natural, vinho moscatel espumante e brandy produzidos na região.

Os componentes de altitude, temperaturas amenas e terroir da região serrana de Santa Catarina permitem uma adaptação adequada das videiras da espécie Vitis vinifera, de modo que sejam produzidas bebidas de alta qualidade enóloga com acidez equilibrada e boa estrutura tânica. Essas características são, cada vez mais, reconhecidas nos mercados nacional e internacional, o que já rendeu prêmios a muitas vinícolas estabelecidas em Santa Catarina.

“Esse reconhecimento é fruto da dedicação dos produtores e técnicos envolvidos e um atestado de que os vinhos de altitude de Santa Catarina apresentam características únicas. Além disso, é uma ferramenta para agregar valor, oportunizar negócios, gerar empregos e estimular atividades de turismo e gastronomia no estado”, destacou a coordenadora de Indicação Geográfica de Produtos Agropecuários do Mapa, Débora Gomide Santiago.

A apresentação do pedido de reconhecimento da IG e o desenvolvimento do caderno de especificações técnicas foram realizados em parceria com o Mapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Sebrae, além dos produtores locais.

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