A partir de um método de produção centenário de destilação, controlado por todas as restritas regras de produção de aguardentes em Portugal, são elaborados produtos cheios de aroma, sabor e história, perfeitos para serem consumidos ao fim das refeições. Os três lançados agora no Brasil são Aguardente Vínica Velha CR&F Reserva Extra, Aguardente Velha CR&F Reserva e o Brandy CR&F 1920.
CR&F 1920
Elaborado a partir das melhores aguardentes, o brandy CR&F 1920 apresenta cor dourado escuro, aromas de caramelo e sabores que lembram baunilha, anis, menta e caramelo. Passa por destilação contínua em coluna de cobre e é envelhecido por, no mínimo, 12 meses em carvalho francês. A graduação alcoólica é de 43% e a embalagem é de 1 litro.
Aguardente Velha CR&F Reserva
Rica e complexa, é o verdadeiro ícone da casa, uma combinação das melhores aguardentes vínicas envelhecidas pelo método de solera. A embalagem é um charme à parte. Conta-se que havia uma funcionária chamada Dona Beatriz, responsável pelo lacre, em 1950. Ela produzia cada um manualmente. Em homenagem a ela, a marca mantém a confecção da mesma forma. Já as cordas que fecham cada garrafa ficavam aos cuidados do Senhor João Calvário, também naquela década. O objetivo era que o lacre saísse perfeito e assim é feito até hoje: as cordas que cortam o alumínio removem-no perfeitamente após a abertura de cada garrafa. Na degustação, cor topázio escuro, resultado dos 3 anos mínimos de envelhecimento em barricas de carvalho francês. Aromas complexos de madeira nobre e sabores que remetem a cítricos, chocolate preto, frutos secos, caramelo e mostarda. A graduação alcoólica é de 40% e a embalagem é de 700 ml.
Aguardente Vínica Velha CR&F Reserva Extra
Essa aguardente vínica extremamente especial foi lançada em 1980 e tem uma história curiosa. Havia um grande tonel (de 5 mil litros) reservado apenas para os amigos da família. Porém, durante anos ele ficou esquecido, até que em um jantar foi “redescoberto”. Percebeu-se então que o tempo havia amadurecido o líquido e transformado os aromas e sabores em únicos. Todas as garrafas são numeradas e todos os anos é lançada uma edição limitada. Na degustação, apresenta cor topázio escuro, resultado dos cinco anos, no mínimo, de amadurecimento em carvalho francês. Apresenta aromas delicados de madeira e sabores que remetem à madeira e frutas secas. A graduação alcoólica é de 40% e a embalagem é de 700 ml.
CR&F: uma história de mais de 125 anos
O legado da CR&F surgiu em 1895 quando Francisco Ribeiro de Carvalho tornou-se exportador de vinhos e aguardentes em Lisboa. Os negócios deram certo, cresceram e, em 1898, associou-se a ele Manuel Joaquim Ribeiro. Em 1900 foi a vez de entrar para a sociedade um terceiro amigo, Joaquim Nunes Ferreira, fundando o nome Carvalho, Ribeiro e Ferreira, CR&F.
Para a marca, a década de 1940 foi um período de inovação com a construção de um moderno centro de vinificação que representou um grande salto para o setor de bebidas alcoólicas em Portugal, com a mais alta tecnologia da época. Em 1950, nasceu a primeira garrafa de Aguardente CR&F Reserva.
Os anos 1960 representaram o auge da produção, com cerca de 4 mil litros de aguardente Reserva e 400 mil litros da marca 1920, também famosa dentro da casa CR&F. Em 1980 é lançada a Aguardente Vínica Velha CR&F Reserva Extra, na época com rótulos produzidos manualmente com tesouras de alfaiate e garrafas elaboradas a sopro.
No fim da década de 1990 a produção e o envelhecimento passam a ser realizados em Vila Nova de Gaia, na margem oposta à cidade do Porto, no Rio Douro, ao Norte de Portugal. Depois de ter ficado alguns anos nas mãos de multinacionais, em 2016 a CR&F foi adquirida pelo grupo do enólogo João Portugal Ramos.
Método de produção
A matéria-prima para a elaboração da aguardente vínica é o vinho. Na CR&F, o vinho destinado a destilação obedece à rigorosos critérios: as uvas devem ter um baixo teor alcoólico, elevada acidez e algum açúcar residual, além de serem obrigatoriamente todas de castas portuguesas.
Depois que as uvas são transformadas em vinho passa-se ao processo de destilação dupla, em coluna de cobre, o que é sinônimo de alta qualidade. A única “parte” utilizada pelas aguardentes da CR&F é o “coração”, o mais nobre de um destilado.
Posteriormente são realizadas diversas provas sensoriais para que a personalidade de cada uma das aguardentes seja garantida. Então é feita a seleção dos lotes que seguirão para o envelhecimento. O carvalho permite as melhores condições ao envelhecimento natural, sendo os cascos feitos à mão, em um trabalho cuidadoso.
Em seguida, o blend amadurece pelo método Solera (à semelhança do que acontece na produção e envelhecimento dos brandy espanhóis de Jerez), sendo que a CR&F é a única aguardente em Portugal com aprovação para utilizar este processo que permite a consistência dos lotes que vão sendo engarrafados.
@crfreserva
Fotos: Divulgação
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