O número de protestos ao redor do mundo mais do que triplicou nos últimos 15 anos, segundo o estudo “Protestos Mundiais – Um estudo das principais questões de protesto no século 21”.
Além disso, alguns dos movimentos recentes estão entre os maiores já registrados – e as manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro, no Brasil, aparecem ao lado de marchas do Black Lives Matter, nos Estados Unidos, e ações de fazendeiros indianos, em 2020, como exemplos citados pelos autores Isabel Ortiz, Sara Burke, Mohamed Berrada e Hernán Saenz Cortéz.
Segundo o G1, os autores analisaram mais de 900 movimentos ou episódios, entre os anos de 2006 e 2020, em 101 países e territórios, pesquisando meios de comunicação em sete idiomas diferentes.
Comparando números, eles chegaram à conclusão de que o período histórico atual se assemelha a temporadas próximas a anos famosos como 1848, 1917 e 1968, “Quando um grande número de pessoas se rebelou contra o modo como as coisas eram, exigindo mudanças”, justificam.
E a principal demanda pode ser resumida ao que chamam de fracasso da democracia, que responde por 54% dos protestos, causados por uma percepção de que o sistema político vigente ou sua representação não cumpriam seu papel.
Foto: Miguel Schincariol/AFP
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