Beleza sustentável: extração de ativos de plantas reinventa indústria de cosméticos

A inovadora técnica de ordenha vegetal está se destacando como uma promessa para impulsionar uma revolução sustentável na indústria da beleza, oferecendo uma alternativa viável e ecológica para a obtenção de ingredientes raros utilizados na fabricação de cosméticos. Esta metodologia, que foi desenvolvida e utilizada pela primeira vez há 18 anos por uma empresa francesa pioneira em biotecnologia, vem ganhando renovado interesse devido à crescente demanda dos consumidores por produtos cosméticos que não sejam apenas eficazes e naturais, mas que também respeitem os princípios da ecologia.

A ordenha vegetal é uma técnica inovadora que consiste na extração de ativos diretamente das raízes vivas das plantas, consideradas as partes mais ricas em nutrientes. Tradicionalmente, essas áreas subterrâneas eram de difícil acesso e pouco exploradas devido às limitações dos métodos de cultivo convencionais. No entanto, a ordenha vegetal permite a produção de compostos raros em escala industrial, incluindo uma vasta gama de vitaminas, antioxidantes e outras moléculas bioativas que são extremamente benéficas para a saúde da pele.

Um dos principais diferenciais dessa tecnologia é a forma como os compostos são extraídos: de maneira suave e não destrutiva, garantindo a preservação da pureza e da integridade das biomoléculas. Isso resulta em extratos mais puros, concentrados e, consequentemente, em dermocosméticos muito mais potentes e eficazes. Além disso, o processo é realizado com um baixo impacto ambiental, contrastando significativamente com os métodos convencionais de extração, que frequentemente envolvem a colheita de plantas inteiras, afetando negativamente a biodiversidade e exigindo grandes quantidades de material vegetal.

A eficiência e sustentabilidade da ordenha vegetal são notáveis, pois o método preserva as plantas utilizadas, requer menos material vegetal para produzir o mesmo volume de ativos naturais e elimina a necessidade de cultivo em larga escala. As plantas podem ser “ordenhadas” várias vezes ao ano, em um processo reciclável que também utiliza menos água e solo. Além disso, a técnica é 100% rastreável, permitindo que os consumidores acompanhem todo o processo, desde as sementes até o ativo final.

A ordenha vegetal emprega um sistema aeropônico, no qual as plantas são cultivadas sem solo, em estufas, com as raízes penduradas no ar. Isso facilita o acesso às raízes e permite a colheita das substâncias ativas de forma mais eficaz. As plantas, selecionadas de acordo com as substâncias que produzem em suas raízes, são mantidas em um ambiente controlado e recebem uma dieta especial rica em nutrientes, induzindo-as a desenvolver raízes mais longas e a produzir moléculas específicas em maior quantidade e concentração.

A Plant Advanced Technologies (PAT), empresa francesa que desenvolveu a tecnologia da ordenha vegetal, é reconhecida por seus processos inovadores e sustentáveis, produzindo ativos botânicos de alto valor para o mercado cosmético. A PAT também explora o potencial medicinal dessas técnicas, desenvolvendo moléculas com propriedades anticancerígenas, anti-Alzheimer e anti-inflamatórias, demonstrando o vasto potencial da natureza em benefício da saúde humana.

Com a ordenha vegetal, a PAT e seus colaboradores estão abrindo novos caminhos para a utilização sustentável dos recursos naturais, oferecendo ingredientes raros e de alto valor para a saúde e beleza. Esta tecnologia não apenas atende às demandas atuais por responsabilidade ambiental e eficácia, mas também estabelece um novo padrão para a produção futura de cosméticos, alinhando inovação, sustentabilidade e respeito ao meio ambiente.

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