O mercado de criptoativos é visto em plena evolução, por parte de todos os participantes. O que antes eram considerados freios para o setor, como as instituições, os bancos e a própria administração pública, agora são vistos como aceleradores. O governo atual dos EUA está tentando abrir esse caminho e as empresas criam estratégias de reservas.
“A bolha brasileira ainda não tem a real noção do tamanho do mercado que existe e de novas empresas que estão nascendo para suportar essa tecnologia nova, além de todos os periféricos para que o mercado tenha a sua força”, afirma Fernando Carvalho, head de ativos digitais da OnilX, empresa que opera desde 2020 para transformar ativos digitais em liquidez para efetuar pagamentos e transações. Entre os integrantes desse ecossistema, estão empresas de mineração, custodiantes profissionais, exchanges, OTCs e associações e a parte educacional.
De acordo com o vice-presidente dos EUA, existe a expectativa de que o país atinja 100 milhões de usuários de cripto nos próximos anos, reforçando o papel do governo em regular e disseminar esta tecnologia. “Ele chegou, inclusive, a ameaçar de demissão quem for contra a iniciativa”, ressalta o head de ativos digitais da OnilX.
Abaixo os principais pontos de refelxão:
Colaterização utilizando bitcoin – Esse posicionamento do governo somado a outras palestras e ao networking do evento trouxe a perspectiva de uso da bitcoin e de outros ativos criptos como ferramenta para pegar empréstimos em dólar. Trata-se de uma forma adotada por empresas de realizar aquisições, investimentos e quitação de dívidas a partir desse tipo de recurso, em especial as stablecoins, cujo lastro é realizado baseado em outros ativos, inclusive o ouro e outros minerais.
Uma mudança de perspectiva sobre os criptoativos – Por muitos anos, havia o discurso de que o investimento em bitcoins e outros criptoativos deveria ser acompanhado de aportes em áreas mais tradicionais para garantir a segurança do investidor. “Agora, nesse novo ciclo, a bitcoin e as criptomoedas estão sendo usados de forma inversa: como proteção de moedas fiat”, explica. As moedas fiduciárias (fiat) não estão relacionadas a metais preciosos, enquanto a Tether, por exemplo, está lastreada em ouro.
Um mercado maduro – Ao contrário do que se imagina, os criptoativos não estão sendo adotados apenas pelas pessoas de perfil mais jovem. De acordo com Carvalho, a BTC Conference teve um público de perfil mais maduro, em uma faixa etária preferencialmente acima dos 35 anos. “Acredito que isso mostra a maturidade do mercado e uma nova perspectiva de futuro”, diz.
Forte participação chinesa – Entre as mais de 5 mil empresas participantes, houve uma forte presença de players chineses, nas mais variadas atividades relacionadas ao mercado cripto. “Todos estando ali, ajudando os Estados Unidos a se desenvolver, porque ainda é o país que puxa o mundo dentro deste segmento”, complementa Fernando Carvalho.
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