Pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica como o clima frio favorece infecções respiratórias e reforça a importância da vacinação, hidratação e de manter os ambientes ventilados
Com a intensificação das ondas de frio no Brasil, principalmente na parte sul do país, cresce a preocupação com os impactos que as baixas temperaturas podem causar à saúde, especialmente no sistema respiratório. De acordo com a Dra. Sandra Guimarães, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o frio intenso exige atenção redobrada de toda a população, sobretudo de idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas.
As temperaturas mais baixas favorecem a circulação de vírus respiratórios, como o Influenza e o Coronavírus, e aumentam a concentração de poluentes nas cidades, o que pode agravar crises de asma, bronquite e outras doenças pulmonares. O ar seco, comum nessa época, contribui para o ressecamento das mucosas, deixando o organismo mais vulnerável a infecções. A médica também destaca que a permanência em locais fechados e pouco ventilados facilita a propagação de vírus e bactérias.
Nesse contexto, manter hábitos de prevenção se torna essencial. Hidratar-se bem, mesmo sem sentir sede, ajuda a preservar a integridade das vias respiratórias e auxilia o funcionamento geral do organismo. A alimentação balanceada, com frutas e verduras ricas em vitaminas, especialmente a vitamina C, fortalece o sistema imunológico e oferece maior resistência a infecções.
Outro ponto importante é a atualização da carteira de vacinação. Dra. Sandra ressalta que a imunização contra a gripe, a pneumonia e a Covid-19 continua sendo uma das formas mais eficazes de evitar complicações respiratórias, especialmente entre os grupos mais vulneráveis.
Apesar do desconforto térmico, manter os ambientes arejados é fundamental. A ventilação adequada contribui para a dispersão de vírus em espaços internos. A pneumologista também chama atenção para o uso cuidadoso de aquecedores e lareiras, que, além dos riscos de acidentes, reduzem ainda mais a umidade do ar, piorando quadros respiratórios já existentes.
Por fim, é importante estar atento a sinais como tosse persistente, chiado no peito, febre e falta de ar. Esses sintomas podem indicar complicações respiratórias e exigem avaliação médica rápida. Quando persistentes ou associados a piora no quadro geral, a recomendação é procurar o serviço de pronto atendimento o quanto antes, especialmente no caso de idosos e pessoas com doenças crônicas.
Com prevenção, cuidado e informação, é possível enfrentar os desafios do frio intenso e do tempo seco com mais saúde e segurança.

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