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Uma pesquisa realizada pela Deloitte Consultoria, a pedido da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), revelou que 75% dos bancos no Brasil já implementaram a biometria facial para identificar seus clientes. O estudo, que contou com a participação de 24 bancos, abrange 81% do setor bancário nacional, e foi conduzido entre novembro de 2023 e março de 2024.
Além da biometria facial, a pesquisa destacou outras tecnologias prevalentes no setor, como chatbots, utilizados por 71% das instituições para interação com clientes, e a Robótica de Processos Automatizados (RPA), adotada por 67% dos bancos para otimizar processos repetitivos. A Inteligência Artificial (IA) Generativa e a Inteligência Cognitiva também foram mencionadas, com adoção de 54% e 25%, respectivamente.
Os bancos indicaram que suas prioridades futuras incluem a melhoria da experiência do cliente, inovações tecnológicas, personalização de serviços, segurança, responsabilidade social e ofertas integradas. A segurança cibernética foi unanimemente reconhecida como uma área de atenção crítica.
Contudo, o uso da biometria facial levantou preocupações quanto à privacidade e segurança dos dados dos consumidores. O Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) emitiu alertas sobre o uso excessivo dessa tecnologia, que em alguns casos, como no transporte público, resultou no uso indevido de dados para fins publicitários, violando a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Lucas Marcon, advogado do Idec, destacou a importância de oferecer aos clientes opções de segurança menos invasivas que a biometria facial. Ele ressaltou os riscos de vazamento de dados e a necessidade de os bancos permitirem que os clientes escolham métodos alternativos de identificação. Marcon também mencionou que, apesar da legislação, nem todos os bancos oferecem alternativas à biometria facial, recomendando que os consumidores façam reclamações à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para promover a regulamentação do uso da biometria no setor.
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