Novo livro Laje de Pedra Origens resgata a poesia de um dos poucos lugares ainda intocados do país

O Instituto Cultural Laje de Pedra lança o livro Laje de Pedra Origens, obra que é resultado de uma extensa pesquisa histórica que inclui o trabalho de grandes fotógrafos e um vasto acervo documental para contar a história desde a formação geológica da região até o Laje de Pedra como seu capítulo mais recente. A publicação traz ainda imagens produzidas através de um ensaio fotográfico inédito no Brasil, fruto de uma imersão capaz de transformar em poesia a arquitetura do hotel adormecido e de valorizar como nunca a paisagem do lugar. 

“A obra busca revelar histórias pouco conhecidas e reviver importantes memórias afetivas, honrando o legado deste grande ícone da hospitalidade”, sintetiza o presidente do Instituto Cultural Laje de Pedra e sócio do empreendimento, Márcio Carvalho. No material, construído a partir de ampla pesquisa documental e de entrevistas, estão apresentados desde o processo de formação da paisagem exuberante com seus maciços de basalto cunhados ao longo de 200 milhões de anos e a utilização do local mítico pelos povos originários até a fundação de Canela por João Corrêa e a instalação do hotel icônico em frente ao Vale do Quilombo. 

Foto de Selene Sanmartin em ensaio do Projeto Cultural Laje de Pedra

A paisagem intocada é revelada do ponto de vista artístico. O hotel Laje de Pedra, fechado em 2020, se reflete em cores e texturas capazes de transportar o leitor aos acontecimentos testemunhados pelas paredes, móveis e outros objetos que compõem cada imagem.

“O Laje de Pedra sempre foi uma importante referência cultural e social do Rio Grande do Sul. Por isto, diante do seu renascimento, antes mesmo do primeiro tijolo assentado, se resgatou e construiu cultura como gesto de reconhecimento e admiração à força da região que conquistou a Kempinski para sediar seu primeiro hotel no Brasil”, explica Carvalho. 

Foto de Betina Samaia em ensaio do Projeto Cultural Laje de Pedra

A obra é conduzida através de textos de Eduardo Bueno (Peninha), autor de mais de 30 livros, dentre eles a coleção Brasilis que vendeu mais de 1 milhão de exemplares e ocupou o topo da lista de mais vendidos no País, Liliana Reid, jornalista e autora do Almanaque da História e do Turismo de Canela, e Cláudia Aragón, jornalista e repórter independente, autora de Porto Alegre, quem diria – 50 dicas de produtos e serviços incomuns. Colaboram, ainda, Sebastião Fonseca de Oliveira e Carlos Melzer. 

As fotografias foram realizadas sob a coordenação de Fernando Bueno através da parceria do Instituto Cultural Laje de Pedra com o Canela Instituto de Fotografia e Artes Visuais. Fotógrafos foram selecionados para desenvolverem e aprofundarem sua produção no campo expandido da fotografia tendo como tema o território do Hotel Laje de Pedra e seu entorno com a orientação de grandes nomes da fotografia. Além das residências fotográficas no Laje de Pedra, os profissionais participaram de expedições na região dos Campos de Cima da Serra e no Vale dos Vinhedos. “Há 50 anos na fotografia,  me surpreendi com os resultados, me emocionei muito com a integração entre os alunos, os mestres e esse lugar”, ressalta Fernando Bueno.

Foto de Priscila Beal em ensaio do Projeto Cultural Laje de Pedra (1)

Os cinco mestres que orientaram as residências foram André Severo, Leopoldo Plentz, Clóvis Dariano e Betina Samaia, além do próprio Fernando Bueno. Em jornadas especiais, o grupo contou ainda com a participação especial de João Farkas e Claudio Edinger. 

O livro Laje de Pedra Origens é uma publicação da Buenas Ideias e poderá ser encontrado no Mirante Laje de Pedra a partir de dezembro, primeira operação do Kempinski Laje de Pedra e um espaço que conjuga arte, cultura e gastronomia aberto ao público em Canela (Rua das Flores, 222). As fotografias oriundas do projeto estarão nas exposições Alma Imortal e Terra Casta que integram a programação da Galeria do Laje de Pedra. 

Foto de Karina Búrigo em ensaio do Projeto Cultural Laje de Pedra

Também são realizações do Instituto Cultural Laje de Pedra a formação e manutenção da Orquestra Filarmônica do Laje de Pedra, atração residente do Anfiteatro Laje de Pedra, e a intervenção artística Casulo da artista Heloisa Crocco, obra de envelopamento da antiga fachada do hotel presente ao longo do processo de retrofit, que se estende até 2024. 

Receita obtida com a venda da publicação será totalmente revertida a instituição social de Canela.

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