Especialista dá dicas para realizar uma Slowtravel

Influenciadora e especialista em viagens, Ana Stier, conta que o conceito possibilita uma verdadeira imersão cultural e proporciona autoconhecimento
 

A cultura de industrialização e a dependência de estar sempre movimentando as redes sociais fazem com que muitas pessoas não aproveitem o momento que vivem. Isso acontece também em viagens, quando os destinos visitados são escolhidos na base das publicações que podem render e não no tempo de qualidade. Por isso, a influenciadora e especialista em viagens, Ana Stier, compartilha apresenta e dá dicas para realizar uma Slowtravel.
 

Ana explica que o termo é junção de slow, que significa lento, com travel, que significa viagem. Esta é uma opção para quem busca momentos mais calmos e desacelerados e que, consequentemente, ofereçam uma verdadeira imersão cultural.
 

“Depois que visitei 45 países eu parei de contar. Isso não aconteceu porque eu achei que já era um número alto, mas porque eu passei a ressignificar o modo de viajar. Mais não significa melhor. Uma viagem em que nós aproveitamos menos destinos, mas com mais profundidade, acaba se tornando muito mais gostosa e enriquecedora”, conta.
 

Ainda de acordo com Ana, muitos jovens têm desenvolvido a síndrome de FOMO, que é uma abreviação de fear of missing out, ou seja, medo de estar perdendo algo. Ela gera ansiedade, angústia e depressão e pode estar ligada a este costume de querer viajar muitos destinos, já que a internet está cheia de locais turísticos que “não podemos perder”.
 

No entanto, na contramão desta síndrome vem a filosofia de JOMO, que é abreviação de joy of missing out, ou seja, a alegria de não estar em todas.
 

“O conceito de Slowtravel anda lado a lado com o JOMO. Que alívio conseguir fazer um piquenique, conhecer um café e observar as pessoas, a cultura, o idioma… Isso faz com que a experiência seja de férias, relaxante, de autoconhecimento. É impossível visitar tudo que um destino tem para nos oferecer, por isso prioridades devem ser definidas para evitar frustrações”, afirma.
 

A influenciadora ressalta, no entanto, que está tudo bem querer visitar lugares turísticos e que isso não te afasta de uma Slowtravel.
 

“Claro que em Paris você quer ir na Torre Eiffel! Você pode se programar para fazer esse passeio, mas que tal fazer também um diferente, como alugar uma bicicleta compartilhada, comprar um baguete e vinho local, levar uma canga e fazer um piquenique debaixo da torre?”, sugere.
 

Outra forma de conhecer a cultura local é repensar a hospedagem e os meios de transporte utilizados na viagem.
 

“Existem inúmeras possibilidades atualmente, como Airbnb ou CouchSurfing. Se quiser luxo, tudo bem, mas por que não escolher um hotel local? Sobre transporte, evite fazer tudo de avião. Veja se consegue ir de ónibus, trem, bicicleta ou a pé para onde deseja… as viagens que verdadeiramente nos transformam são as que a gente se percebe diferente. Quando precisamos analisar como nos sentimos diante de um desafio ou um local temos uma viagem mais agregadora”, finaliza Ana.

Sobre Ana Stier: A curitibana Ana Stier é viajante há 16 anos e nômade há cinco. Ela parou de contar quando passou pelo seu 45º país e hoje acumula mais de 100 mil seguidores no Instagram. Seu curso ‘Que Viagem’ já beneficiou mais de seis mil alunos.

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