Empresas devem dobrar investimentos em cibersegurança em 2023

Estudo desenvolvido pela IT Mídia indica que o tema se tornou prioridade para as companhias.

O Brasil é o maior alvo de ataques cibernéticos na América Latina, de acordo com o Relatório de Inteligência de Ameaças DDoS do segundo semestre de 2022. O levantamento aponta que houve um crescimento de 19% nesse tipo de crime em relação ao primeiro semestre de 2021. O País, hoje, está no topo do ranking da região, com um total de 285.529 ocorrências.

Neste cenário, os investimentos em cibersegurança tornaram-se prioridade para os departamentos de tecnologia da informação das empresas. A pesquisa “Antes da TI, a estratégia, 2023”, realizada pela IT Mídia – pioneira e líder de mercado em pesquisas, premiações e eventos da área de tecnologia – mostrou que 89% dos respondentes investirão em cibersegurança este ano, 1,4 vezes mais do que em 2020 (64%). O estudo ouviu 468 empresas em 18 estados brasileiros.

O levantamento apontou ainda que os maiores investimentos na área, em anos anteriores, eram feitos entre o segundo e o terceiro trimestres do ano, com maior concentração, normalmente, no terceiro. Realidade que também deve mudar em 2023, já que muitas empresas decidiram antecipar esses investimentos. Enquanto, em 2022, apenas 31% dos representantes afirmaram investir no segundo trimestre, a projeção no mesmo período de 2023 é de 42%.

De acordo com o gerente de estudos e pesquisas da IT Mídia, Pedo Hagge, essa urgência pode ter surgido pelo crescimento do número de ameaças cibernéticas nos últimos três anos. “Antes, você trabalhava com dados internos, em um formato mais analógico, mas isso mudou de uns anos para cá. Hoje, a aposta em ferramentas de inteligência de dados, como big data e analytics, que conduzem a grande circulação de dados dentro das companhias, cresceu absurdamente. Essa expansão foi de forma pouco estruturada, o que provocou o aumento de invasões e ciberataques em companhias do País”, explica.

A pesquisa ainda mostra que 95% dos entrevistados irão manter ou aumentar os investimentos em cibersegurança, enquanto 89% declaram que vão priorizar os investimentos na área. Dentro do tópico, a segurança em nuvem é a principal escolha para o aporte de capital, saindo de 40% (2020) para 54% (2023).

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